domingo, 15 de setembro de 2013

Orações Subordinadas Substantivas

Substantivas 


Um período pode ser composto por coordenação  ou por subordinação. Quando é composto por coordenação, as orações possuem uma independência estrutural, podendo vir separadamente sem prejuízo. Já no período composto por subordinação, as orações são dependentes entre si por meio de suas estruturas
Há três tipos de orações subordinadas: As substantivas, as adjetivas e as adverbiais. Trataremos aqui especificamente sobre o primeiro tipo:
Orações Subordinadas Substantivas
São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na estrutura sintática da frase.
Exemplo 1:
A menina quis um sorvete. (período simples)
A menina = sujeito;

Quis = verbo transitivo direto;

Um sorvete =objeto direto;

Temos duas posições na frase anterior em que podemos usar um substantivo: o sujeito (menina) e o objeto direto (sorvete). Nessas mesmas posições podem aparecer, em um período composto, orações subordinadas substantivas.

Dependendo de onde elas apareçam e da função que elas exerçam, poderemos classificar como Subjetiva (função de sujeito) ou como Objetiva direta (função de objeto direto).
Sendo assim, notamos que:

A menina quis que eu comprasse sorvete. (período composto)
A menina = sujeito;

Quis = verbo transitivo direto;

Que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva Objetiva direta
E ainda em:

Quem me acompanhava quis um sorvete. (período composto)

Quem me acompanhava = oração subordinada subjetiva;
Quis = verbo transitivo direto;

Um sorvete = Objeto direto;

Além das posições de sujeito e objeto direto, as orações subordinadas substantivas podem exercer a função de um predicativo , de um objeto indireto, de um aposto e de um complemento nominal.
Portanto podemos ter oração subordinada substantiva de 6 tipos:

1. Subjetiva: ocupa a função de sujeito.

Exemplos:

- É preciso que o grupo melhore.

verbo de ligação + predicat. + O. S. S. Subjetiva

- É necessário que você compareça à reunião.

VL + predicat. O. S. S. Subjetiva

- Consta que esses homens foram presos anteriormente.

VI + O. S. S. Subjetiva
- Foi confirmado que o exame deu positivo.

Voz passiva O. S. S. Subjetiva

2. Predicativa: ocupa a função do predicativo do sujeito.
Exemplos:

- A dúvida é se você virá.

Suj. + VL + O. S. S. Predicativa

- A verdade é que você não virá.

Suj. + VL + O. S. S. Predicativa

3. Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto. Completa o sentido de um Verbo Transitivo Direto.
Exemplos:
- Nós queremos que você fique.

Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta

- Os alunos pediram que a prova fosse adiada.

Sujeito + VTD + O. S. S. Objetiva Direta


4. Objetiva Indireta: ocupa a função do objeto indireto.
Exemplos:

- As crianças gostam (de) que esteja tudo tranqüilo.

Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta

- A mulher precisa de que alguém a ajude.

Sujeito + VTI + O. S. S. Obj. Indireta


5. Completiva Nominal: ocupa a função de um complemento nominal.
Exemplos:
- Tenho vontade de que aconteça algo inesperado.
Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal
- Toda criança tem necessidade de que alguém a ame.
Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom.


6. Apositiva: ocupa a função de um aposto.


Exemplos:

- Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.
Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. Apositiva


sábado, 14 de setembro de 2013

Orações Subordinadas

 Orações Subordinadas
             

                Oração Principal é sempre incompleta.                              Oração Subordinada   ela sempre se encaixa na                                                                                                                                                                            oração principal
       "Eu sinto                                                                        que em meu gesto existe o teu gesto."Observe a posição                                                                                                                                do verbo    Sinto                     Essa parte da oração depende da oração principal                                                                                                                 Eu sinto         Somente essa parte ficaria sem                                                                                                                                  sentido, pois quem sente sente alguma                                                                                                                                     coisa. ela é sempre incompleta.                                                                                                           que em meu gesto existe o teu gesto. depende da oração                                                                                                                                                                           principal para ter                                                                                                                                                                              significado,pois ela                                                                                                                                                                        sozinha não tem                                                                                                                                                                               significado.                                                           

terça-feira, 10 de setembro de 2013

CARTA PESSOAL

A CARTA PESSOAL


          Escrevemos uma carta pessoal quando queremos nos comunicar com alguém próximo de nós, como amigos ou familiares.
As características desse tipo de gênero textual são simples, ou seja, não possuem muitas regras e estrutura para serem seguidas. Vejamos:

• O assunto é livre, geralmente de ordem íntima, sentimental.

• O tamanho varia entre médio e grande. Quando é pequeno, é considerado bilhete e não carta.

• O tipo de linguagem acompanhará o grau de intimidade entre remetente e destinatário. Portanto, cabe ao escritor saber se pode usar termos coloquiais ou mesmo gírias.

• Quanto à estrutura, a carta pessoal deve seguir a sequência: 1. local e data escritos à esquerda, 2. vocativo, 3. corpo do texto e 4. despedida e assinatura.

    Como o grau de intimidade é variável, o vocativo, por consequência, também: Minha querida, Amado meu, Querido Amigo Fulano, Fulaninho, Caro Senhor, Estimado cliente, etc. A pontuação após o vocativo pode ser vírgula ou dois-pontos.

Assim também é em relação à despedida, a qual pode variar entre Atenciosamente, Cordialmente, etc. até Adeus, Saudades, Até em breve, etc.

Quanto à assinatura, pode ser desde só o primeiro nome até o apelido, dependendo da situação.

Caso se esqueça de dizer algo importante e já tenha finalizado a carta é só acrescentar a abreviação latina P.S (post scriptum) ou Obs. (observação).

A carta pessoal geralmente é entregue em mãos ou enviada pelo correio, pois é manuscrita!

Curiosidade sobre P.S: essa sigla é originada do verbo latino “post scribere” que significa “escrever depois”!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

CRÔNICA

Introdução

O nascimento da crônica moderna se deu entre os séculos 14 e 15, em Portugal. Como cronista real, Fernão Lopes (1380?- 1460?), guarda-mor da Torre do Tombo em Portugal, tinha o papel de registrar e arquivar a cronologia dos reinados e de toda a história das dinastias portuguesas. Lopes foi o primeiro a produzir textos com características modernas: a autoridade das informações advinha da referência documental, o autor mantinha-se distante e neutro em relação aos fatos, buscando narrar a realidade afastado das emoções e subjetividades. O gênero tinha, então, um viés historiográfico.

A partir do século 19, através de sua difusão no meio jornalístico, os autores passam a utilizar a crônica como meio de análise subjetivos de acontecimentos cotidianos, comentando temas próximos aos leitores de jornal.

No Brasil, o caráter mais breve e informal do gênero permitiu que ele fosse utilizado como espaço de exercício para grandes autores como José de Alencar, Manuel Antonio de Almeida, Raul Pompéia e Machado de Assis no século 10 e Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Manuel Bandeira, Nelson Rodrigues, João do Rio, Lima Barreto, Fernando Sabino, entre outros do século 20. Entretanto, grandes escritores tiveram seu talento reconhecido por conta de textos do gênero que publicavam nas páginas de jornais e revistas, como Luís Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony e Mário Prata.

Destes, Rubem Braga (1913-1990) é o principal representante. Seu trabalho, publicado ao longo de sua vida em diversos jornais, compilações e antologias, acabou por elevar a crônica ao patamar de grande literatura. O centenário do autor pode ser uma boa oportunidade para explorar com a turma as principais características do gênero, estimulando a produção de textos.


Objetivos da atividade

- Identificar as características da crônica como gênero híbrido entre o jornalismo e a literatura;
- Observar as reflexões e digressões líricas, humorísticas, sociais e políticas contidas nas crônicas,
- Ler crônicas de autores consagrados,
- Produzir crônicas a partir dos estudos realizados;


TEXTO 1





caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

Texto extraído do livro
 "A Companheira de Viagem", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.


TEXTO 2


Diga não as drogas

Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de "experimenta, depois, quando você quiser, é só parar..." e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", "natural" , da terra", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do "Chitãozinho e Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo". Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo mundo de "Amigo" e acabei comprando pela primeira vez.

Lembro que cheguei na loja e pedi: - Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda Eva", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia" e muito mais. Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu "amigo" me deu o que eu queria, um Cd do "Harmonia do Samba". Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais . . . Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos "Karametade" e "Só pra Contrariar", e até comprei a Caras que tinha o "Rodriguinho" na capa.

Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma "música" que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea "As Melhores do Molejão". Foi terrível!! Eu já não pensava mais!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas "miseráveis" e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar "Popozudas", "Bondes", "Tigrões", "Motinhas" e "Tapinhas". Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saia a noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns nobres queriam me mostrar o "caminho das pedras", outros extremistas preferiam o "caminho dos templos". Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.

Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.

Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.

Em vez de encher cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte:

* Não ligue a TV no domingo à tarde;
* Não escute nada qu e venha de Goiânia ou do interior de São Paulo;
* Não entre em carros com adesivos "Fui.....";
* Se te oferecerem um CD, procure saber se o indivíduo foi ao programa da Hebe ou ao Sábado do Gugu;
* Mulheres gritando histericamente são outro indício;
* Não compre um CD que tenha mais de 6 pessoas na capa;
* Não vá a shows em que os suspeitos façam passos ensaiados;
* Não compre nenhum CD em que a capa tenha nuvens ao fundo;
* Não compre nenhum CD que tenha vendido mais de um milhão de cópias no
Brasil; e
* Não escute nada em que o autor não consiga uma concordância verbal mínima.

Mas principalmente, duvide de tudo e de todos.
A vida é bela!!!! Eu sei que você consegue!!! Diga não às drogas!!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Atividade 6° ano

     


Atividades 6°Ano.


Leia o texto abaixo para responder as questões 1 e 5:

Texto 1:                                                    A GALINHA REIVINDICATIVA

     "Em certo dia de data incerta um galo velho e uma galinha nova encontraram-se no fundo de um quintal, entre uma bicada e outra, trocaram impressões sobre como o mundo estava mudado. O galo, porém, fez questão de frisar que sempre vivera bem, tivera muitas galinhas em sua vida sentimental e agora, velho e cansado, esperava calmamente o fim de seus dias.
     Ainda bem que você está satisfeito - disse a galinha. - E tem razão de estar, pois é galo. Mas eu, galinha, fêmea da espécie, posso estar satisfeita? Não posso. Todo o dia pôr ovos, todo semestre chocar ovos, criar pintos, isso é vida? Mas agora a coisa vai mudar. Pode estar certo de que vou levar uma vida de galo, livre e feliz. Há já seis meses que não choco e há uma semana que não ponho um ovo. A patroa, se quiser, que arranje outra para esses ofícios. Comigo, não, violão!
     O velho galo ia ponderar filosoficamente que galo é galo e galinha é galinha e que cada ser tem sua função específica na vida, quando a cozinheira, sorrateiramente, passou a mão no pescoço da doidivanas e saiu com ela esperneando, dizendo bem alto: 'A patroa tem razão: galinha que não choca nem põe ovo só serve mesmo é pra panela'.
Moral: Um trabalho por jornada mantém a faca afastada.
                 
                                                                                                             Millôr Fernandes, "Pif-Paf". Edição de O Independente


01. O que a galinha quis dizer com a pergunta” isso é vida?”
(A) que a vida é maravilhosa.
(B) que suas atividades são sacrificantes.
(C) que é muito fácil a sua vida.
(D) que tinha tudo o que queria e precisava.

02.O narrador diz que o galo é velho e a galinha é nova. Que importância tem isso para o desenrolar da história?
(A) É que o galo tem idade para ser pai da galinha.
(B) É que a galinha era reivindicativa e conseguia tudo o que queria através de seus manifestos
(C) É que o galo não serve mais para ser comido e a galinha sim.
(D) É que o fato do galo ser mais velho lhe dá maior experiência de vida, e a galinha ser nova faz com que seja          mais  imatura.

03. A galinha dessa história, que na verdade representa uma mulher, pode ser considerada uma feminista?
(A) Não, pois não reclama de nada e gosta da vida que leva.
(B) Não, pois aceita sua condição social.
(C) Sim, pois acha que os homens poderiam também chocar e servir para a panela, como elas.
(D) Sim, pois considera os homens uns privilegiados.
04.Qual mensagem podemos extrair desse texto?
(A) Que todas as vezes que reivindicamos somos atendidos.
(B) Que devemos aceitar tudo calados e nunca reclamarmos de nada.
(C) Que devemos ouvir os mais velhos, pois eles tem experiência de vida.
(D) Que cada um deve cumprir com suas funções específicas, senão poderá ser punido.


05. Quanto ao narrador e ao tempo da narrativa podemos afirmar que:                                                

 (A) narrador observador/tempo psicológico                                                                                                                      
 (B) narrador personagem/tempo psicológico                                                                                                 (C) narrador observador /tempo cronológico                                                                                                                        
(D) não há narrador/ tempo psicológico                                                                                                                                                                                                                                      

Leia o texto a seguir para responder as questões 6 e 7:


Texto 2                              TRAGÉDIA BRASILEIRA      

      Misael, funcionário da Fazenda, 63 anosconheceu Maria Elvira na Lapa, prostituída, com sífílis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
     Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
    Viveram três anos assim.
    Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
    Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...
     Por fim na rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
                                                                                                                                           (Manuel Bandeira)

06. O enredo faz parte da estrutura da narrativa. O enredo do texto acima se desenvolve a partir:
(A) da morte de Maria Elvira
(B) do momento em que  Misael passou a viver com Maria Elvira
(C) das várias traições de Maria Elvira
(D) do momento em que a polícia encontra Maria Elvira

07. No texto há um subentendido. Maria Elvira continua com uma vida desregrada mesmo tendo um marido.Em que parágrafo podemos perceber este implícito?
(A) no 6º parágrafo
(B) no 3º parágrafo
(C) no 2º parágrafo
(D) no 5º parágrafo



Texto 3     ALÉM DA IMAGINAÇÃO

Tem gente passando fome. E não é a fome que você imagina entre uma refeição e outra.
Tem gente sentindo frio. E não é o frio que você imagina entre o chuveiro e a toalha.
Tem gente muito doente. E não é a doença que você imagina entre a receita e a aspirina.
Tem gente sem esperança. E não é o desalento que você imagina entre o pesadelo e o despertar.
Tem gente pelos cantos. E não são os cantos que você imagina entre o passeio e a casa.
Tem gente sem dinheiro. E não é a falta que você imagina entre o presente e a mesada.
Tem gente pedindo ajuda. E não é aquela que você imagina entre a escola e a novela.
Tem gente que existe e parece imaginação.
                                                                                                                                         TAVARES, Ulisses, 1977.


08. No final desse texto, a expressão “parece imaginação” sugere que as pessoas muito necessitadas:
(A) precisa de ajuda material.
(B) provocam sentimento de culpa.
(C) são socialmente invisíveis.
(D) sobrevivem aos problemas.


Texto 4                          ISRAELENSE CRIA FRANGO SEM PENAS

        JERUSALÉM – Um frango transgênico, sem penas, com a pele vermelha e a carne menos gordurosa foi criado
nos laboratórios da Universidade Hebraica de Jerusalém. O geneticista Avigdor Cahaner cruzou um pequeno pássaro
sem penas com uma ave de granja e obteve o frango careca, maior e mais saudável.
       “As aves consomem muita energia para crescer, mas no processo geram muito calor, do qual têm de se livrar,
impedindo que a temperatura do corpo se eleve tanto que as mate”, explicou Avigdor. Por isso, o crescimento das aves
de granja é mais lento no verão e nos países quentes. Se não tiverem penas, as aves podem redirecionar a energia para se desenvolverem, e não mais para manter a temperatura suportável.
         “As penas são um desperdício, exceto nos climas mais frios, nos quais protegem as aves”, concluiu.


09. As penas são um desperdício para os frangos porque:
(A) superaquecem as aves em todos os climas.
(B) refrescam as aves em climas quentes.
(C) impedem que as aves produzam energia.
(D) limitam o crescimento das aves.


Leia o texto abaixo para responder as questões 10 e 11:

Texto 5   COMO UM FILHO QUERIDO

     Tendo agradado ao marido nas primeiras semanas de casados, nunca quis ela se separar da receita daquele bolo. Assim, durante 40 anos, a sobremesa louvada compôs sobre a mesa o almoço de domingo, e celebrou toda data em que o júbilo se fizesse necessário.
     Por fim, achando ser chegada a hora, convocou ela o marido para o conciliábulo apartado no quarto. E tendo decidido ambos, comovidos, pelo ato solene, foi a esposa mais uma vez à cozinha assar a massa açucarada, confeitar a superfície.
     Pronto o bolo, saíram juntos para levá-lo ao tabelião, a fim de que se lavrasse ato de adoção, tornando-se ele legalmente incorporado à família, com direito ao prestigioso sobrenome Silva, e nome Hermógenes, que havia sido do avô.
                                    Fonte: COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p.57.

10. No conto “Como um filho querido” a esposa e o esposo foram ao tabelião com intuito de:
 (A) Regularizar a situação de um parente registrando seu nome.
 (B) Registrar o nome do filho querido que há 40 anos fazia parte da família, mas não tinha registro.
 (C) Lavrar o ato de adoção do bolo no tabelionato, e assim, incorporá-lo à família como um filho querido com      direito ao sobrenome da família Silva.
 (D) Lavrar o ato de adoção do filho querido para que o mesmo recebesse o nome do seu avô paterno, Hermógenes.


11. A expressão no 2º parágrafo “Convocou ela o marido para o conciliábulo apartado no quarto” significa:

(A) A mulher chamou o marido para uma conversa séria no quarto a fim de convencê- lo de que era preciso dar um nome ao bolo e registrá-lo no tabelionato.
(B) A mulher convidou o marido para uma breve reunião no quarto do casal na qual decidiriam pelo registro do nome do bolo no tabelionato.
(C) A esposa determinou ao marido que fosse ao quarto a fim de convencê-lo de dar um nome e registro ao bolo no cartório por meio de uma comemoração íntima.
(D) A esposa pediu para o marido que a acompanhasse até o quarto onde decidiriam registrar o nome do bolo no cartório de registros por meio de uma assembleia geral.


 Leia a tirinha da Mafalda



12. A expressão no último quadrinho “Como se fosse para perdoar” denota:
(A) O sentimento de culpa de Mafalda.
(B) O presente simbolizando o fato de Mafalda perdoar os pais.
(C) Uma tentativa de aproximação por parte de Mafalda.
(D) O interesse de Mafalda por bens materiais.

Texto 6       PAVÊ DE MORANGO

Ingredientes: 
4 potes de queijo cremoso sabor morango
½ xícara (chá) de leite
½ colher (sopa) de açúcar
1 pacote de biscoitos de maisena
1 caixa de morangos lavados e picados (400 g)

Modo de fazer:
Retire o queijo cremoso dos potinhos e coloque em uma tigela. Guarde à parte. Em um prato fundo, misture o leite e o açúcar. Molhe rapidamente os biscoitos de maisena nessa mistura. Forre o fundo de uma travessa pequena com uma camada de biscoitos. Depois coloque uma camada de queijo cremoso sabor morango e espalhe parte dos morangos. Repita essa operação mais duas vezes, finalizando com os morangos.Leve à geladeira e sirva gelado. Rendimento: receita para 6 pessoas
                                                                                             Fonte: Receita adaptada de www.nestlé.com.br
13O texto tem por finalidade:
(A) Enumerar.
(B) Relatar.
(C) Discutir.
(D) Instruir.

Texto 7:     O DESPERDÍCIO DA ÁGUA

     A maioria das pessoas tem o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito e está cada vez mais difícil captar água de boa qualidade. Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe, o que encarece o processo e consome dinheiro que poderia ser investido para proporcionar a todas as pessoas condições mais dignas de higiene. Soluções inviáveis e caras já foram cogitadas, mas estão longe de se tornar realidade. São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las, etc.
                                        Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm

14. A alternativa que contempla a opinião do autor é:
(A) “Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe(...).”
(B) “São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las, etc.”
(C) “A maioria das pessoas não têm o costume de desperdiçar água(...).”
(D) “A maioria das pessoas têm o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito(...).”

Texto 8:    DENTES LIMPINHOS

         As primeiras escovas de dentes surgiram na China por volta de 1498. Eram feitas de  pêlos        de   porco trançados em varinhas de bambu. Essas cerdas foram trocadas depois por pêlos de cavalo, que não eram ainda o material ideal, pois juntavam umidade e criavam mofo. A melhor solução apareceu em 1938, quando surgiram as primeiras escovas com cerdas de náilon, usadas até hoje.
                                                                         Fonte: Revista Recreio, nº 177, 31 de julho, 2003, p.26, Editora Abril.
15. A ideia central do texto é:
(A) Utilidade dos animais.
(B) Higiene dental.
(C) Pêlos de animais.
(D) Invenção de escova de dente.

Observe a charge abaixo para responder a questão:
 
16. O humor na charge está presente, principalmente:
(A) Na pergunta da dona da galinha.
(B) Na pergunta/resposta da vizinha e seu olhar.
(C) No objeto apresentado pela vizinha.
(D) Na expressão fisionômica das personagens.

17.Assinale a alternativa que completa corretamente as frases:
I –    Enviei dois ofícios ___ Vossa Senhoria.
II-   Fui ___ feira comprar frutas e legumes frescos.
III- Costumo dormir após ___ 10 horas da noite.
IV-   Minhas aulas começam ___ 7h30min.

(A)  à  -   à  -  às  -  às
(B)   a  -  a  -  as  -  as
(C)   a  -  à  -  as  -  às
(D)  à  -   a  -  às  -  as

18- Marque a alternativa que não contém ambiguidade.
(A) O professor falou com o aluno parado na sala.
(B) Deixe o cigarro correndo.
(C) Preso vigia acusado de matar empresário.
(D) A velha senhora encontrou o menino chorando no quarto dela.

19Analise o trecho: “A dureza da vida dessas crianças não deixa nenhum lugar ao amor. Assim que elasnos encontram, é muito difícil fazê-las compreender que nós agimos somente para o interesse delas, pelo amor por elas.” A propósito dos pronomes sublinhados, podemos dizer que:
(A) concordam com “dureza da vida” .
(B) expressão uma circunstância  de tempo.
(C) deixam o trecho com muita ambiguidade.
(D) concordam com o termo “crianças”, citado anteriormente.



A crônica que você vai ler, de Fernando Sabino, foi retirada de uma coletânea do autor. Como você já viu, crônicas são textos curtos que tratam de fatos cotidianos, escritos em linguagem leve e descontraída.
Leitura do texto

O Homem Nu
Fernando Sabino

        Ao acordar, disse para a mulher:
        — Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa.  Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
        — Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
        — Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém.   Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
        Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão.  Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
        Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
        — Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
        Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
        Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...  Desta vez, era o homem da televisão!
        Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
        — Maria, por favor! Sou eu!
        Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
        Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
        — Ah, isso é que não!  — fez o homem nu, sobressaltado.
        E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pelo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
        — Isso é que não — repetiu, furioso.
        Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar.  Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador.  Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer?  Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
        — Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
         Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
        — Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso.  — Imagine que eu...
        A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
        — Valha-me Deus! O padeiro está nu!
        E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
        — Tem um homem pelado aqui na porta!
        Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
        — É um tarado!
        — Olha, que horror!
        — Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
        Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
        — Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
        Não era: era o cobrador da televisão.

Esta é uma das crônicas mais famosas do grande escritor mineiro Fernando Sabino. Extraída do livro de mesmo nome, Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 65

Glossário

VigariceAto de trapaça; fraude.
Lanço: Parte de uma escada entre dois patamares sucessivos; o mesmo que lance.
Grotesco: Ridículo, extravagante.
Encetar: Iniciar, começar.
Em pelo: Nu, pelado.
Pesadelo de Kafka: Referência ao escritor checo Franz Kafka, que criou histórias fantásticas com toques de terror e situações incomuns. Muitas vezes, seus personagens se sentiam assustados e em agonia, como se vivessem um pesadelo.
Regime do Terror. Referência ao período da Revolução Francesa compreendido entre 31 de maio de 1793 e 27 de julho de 1794, em que milhares de pessoas foram executadas na guilhotina por se oporem ao governo e às ideias de Maximilien de Robespierre.
Estarrecida. Espantada, horrorizada, perplexa.
Radiopatrulha. Veículo da polícia, equipado com rádio.

Compreensão do texto e análise da organização do enredo

1.     O título da crônica é O homem nu. Que outro título você poderia atribuir ao assunto do texto?

2.    O texto foi escrito no início da década de 1960. Que fatos ou situações nos permite concluir que a história não se passa nos dias de hoje?

3.     Por que o homem ficou nu?

4.    Por que a mulher não abriu a porta do apartamento quando a campainha tocou?
       
5.    No quarto parágrafo do texto, o homem afirma:
             — Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas         obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que       não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
      A atitude dele está de acordo com sua afirmação? Por quê?


6.     Por que a vizinha gritou que o padeiro estava nu?

7.    No final da história, o homem teve de encarar o cobrador da televisão. Escreva uma possível desculpa que ele poderia dar para não pagar a prestação.

8.     Responda a estas perguntas sobre o texto O homem nu.
       a) Qual era o desejo do homem nu ao se ver trancado fora de casa?
 
       b) O que o impedia de realizar esse desejo?

9.    Assinale a alternativa que expressa o principal conflito do protagonista, isto é, do personagem mais importante de O homem nu.

            A oposição entre o desejo e o que impede sua realização chama-se conflito. Pode ser um choque            de interesses, de opiniões, de comportamento entre dois ou mais personagens, ou de um personagem            com a natureza, ou até de um personagem consigo mesmo. É por meio do conflito que se estrutura o       enredo de uma narrativa.


a.(   )O marido quer tomar banho, mas a mulher já se trancou no banheiro.
b(    )O cobrador virá receber a prestação, mas o devedor está sem dinheiro.
c(     )O homem nu está do lado de fora do apartamento e não consegue entrar em casa.
d(    )O elevador começa a subir e o homem nu pensa que é o cobrador.


O momento da narrativa em que a sequência de acontecimentos atinge o  
mais alto grau de tensão chama-se clímax.

20.       Qual é o momento de mais tensão, de mais nervosismo no texto?

                       
2.    De acordo com o texto e com o esquema abaixo, escreva com suas palavras os elementos do enredo de O homem nu. Observe o modelo com atenção.


                            
a) Conflito inicial
O homem não tem dinheiro para pagar a prestação da tv e não quer atender o cobrador.

b) Tentativa de solução do conflito inicial


c) Conflito 2


d) Clímax


e) Situação final


21.  Numere as ações, mostrando a sequência dos acontecimentos.

a.     A porta do apartamento se fecha, deixando o homem para fora.  (        )
b.     O marido pega o embrulho do pão.     (        )
c.     O marido põe a água para esquentar. (        )
d.     O marido entra no elevador e aperta o botão de emergência.       (        )
e.     A mulher vai para o banho.  (        )
f.     A mulher abre a porta.  (        )
g.     O homem e a mulher decidem fingir que não estão em casa.   (        )
h.     A mulher desliga o chuveiro.    (        )
i.      O elevador começa a subir.     (        )
j.      O marido tira a roupa para tomar banho. (        )
k.     O marido toca a campainha do apartamento.    (        )
l.      O cobrador da televisão bate à porta.    (        )
m.    O marido grita e esmurra a porta, alertando os vizinhos.    (        )

2                 22.  Em vários momentos, o autor criou suspense no texto. Localize dois trechos em que isso ocorre e cite os números dos parágrafos correspondentes.

.                  23. Retire do texto O homem nu três palavras ou expressões que marcam o tempo na narrativa..


                  24. Releia esta frase do texto e faça o que se pede.
            Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro (...)

       a) Assinale a alternativa que explica o sentido do trecho sublinhado.

(     ) Expressa uma consequência.
(      ) Indica uma causa.
(     ) Estabelece uma comparação.

     b) Reescreva essa mesma frase, substituindo a palavra como por outra palavra ou expressão de sentido equivalente. Faça as alterações necessárias.


                    25. Leia esta sinopse(resumo) do filme Apollo 13, e responda às questões.
 
Apollo 13 (EUA, 1995). Direção: Ron Howard. Com:       
Tom Hanks, Bill Paxton, Kevin Bacon, Ed Harris,
Gary Sinise, Kathleen Quinlan. Três astronautas
estão a caminho da Lua, mas uma explosão em um
dos compartimentos da nave impede o sucesso da
missão. Vagando no espaço, agora a preocupação é
conseguir voltar à Terra com vida. 120 min.

GUIA de vídeo e DVD 2001. São Paulo: Nova —Cultural, 2001. (Texto adaptado)


a) Quais os três elementos principais do enredo do filme?
b) Qual desses elementos se configura como conflito? Por quê?
c) Qual seria uma possível cena de clímax para a história? Use a sua imaginação e escreva.
     !